Certo, incerto é cada segundo, cada momento
Do meu caminhar, da vida encontrar
As margens do rebento
Certo, incerto é todo refletir, cada decisão
De cada impulso no julgar
Ao silêncio da intenção
Tudo, tudo de mim todos os dias
Não vou deixar de ser eu
Certo, incerto e ela absoluta a residir
No âmago da existência
Certo, incerto é todo amanhã
Cada pensamento meu
O bichano na varanda
O tal que manda e desmanda
Fevereiro a cada ser
A vitória na derrota, a lei que vigora
Nesse nosso jogo de xadrez
Nossa alma, nosso prumo, nosso verde, nosso rumo
Nossa terra, nossa grana pra sobreviver
Sua luta, minha angústia
Todos os desejos de uma vez
A residir na flor, no universo
Nas frutas, no amor, no ar
Na conclusão do nosso verso
Na música a terminar